sábado, 31 de outubro de 2009

Mini Férias

Pois é, o passeio nocturno de 29 de Outubro de 2009 não correu lá muito bem para o meu lado... e após uma queda aparatosa, parti um dedo da mão direita além de ter ficado com pisaduras e arranhões diversos por todo o corpinho! Enfim, agora resta-me aguardar até 24 de Novembro de 2009, data em que irei tirar o gesso e iniciar a recuperação muscular... até lá, vou planeando futuras aventuras para o track's by nature... até breve!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Projecto Limpar Portugal

Vivemos num país repleto de belas paisagens mas, infelizmente, todos os dias as vemos invadidas por lixo que aí é ilegalmente depositado.

Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu colocar “Mãos à Obra” e propor “Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia”. Em poucos dias estava em marcha um movimento cívico que conta já com cerca de 6000 voluntários.
Neste momento já muitas pessoas acreditam que é possível. O objectivo é juntar o maior número de voluntários e parceiros, para que todos juntos possamos, no dia 20 de Março de 2010, fazer algo de essencial por nós, por Portugal, pelo planeta, e pelo futuro dos nossos filhos.
Muito ainda há a fazer, pelo que toda a ajuda é bem vinda!
Quem quiser ajudar como voluntário só tem que consultar o sítio do projecto na internet, www.limparportugal.org, onde tem toda a informação de como o fazer.

No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema.

“Limpar Portugal? Nós vamos fazê-lo! E tu? Vais ficar em casa?"

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Trilho do “Jet Lag” - Maia

Domingo, 26 de Outubro de 2009, 7h50m, ou 6h50m e eis que toca o meu telemóvel… bolas… não me consigo soltar dos lençóis para atender… e finalmente ouço do lado de lá a expressão: “Então vens ou não? Já estou à tua espera…” fiquei em pânico sem saber o que me tinha acontecido, pois tinha acertado o meu relógio para a hora actual e ainda só eram 7h50m!!!
Rapidamente me apercebi do que tinha sucedido, após ter acertado o relógio do telemóvel (menos uma hora) o software do telemóvel actualizou automaticamente a hora (menor uma hora), daí que estivesse sido completamente apanhado de surpresa… tudo isto numa expressão… “jet lag”!
Finalmente parte a caravana rumo à Maia pelas 8h27m, já com 27 minutos de atraso face à hora prevista de partida para o trilho…
Recebo um telefonema do Mário que… também está em apuros a vestir o equipamento à pressa… devido também a problemas de “jet lag”!
Aqui fica um aviso, anda a comunicação social em pânico com a Gripe A – H1N1 mas o jet lag anda aí à solta e ainda não há qualquer plano de vacinação previsto…!
Finalmente no trilho, com as máquinas a rolar rompendo o nevoeiro matinal, lá explorámos trilhos bastante divertidos e escorregadios (devido à chuvinha que se fazia sentir)… ficou a vontade de regressar brevemente pois o potencial da zona é bastante interessante para a prática desta modalidade.
Nota negativa apenas para a enorme quantidade de lixos industriais depositados na periferia dos caminhos, resultado de inconsciência de muitos e da benevolência de outros tantos…
Como companheiros de viagem tive o Pinhel e o Mário, sem os quais eu não teria chegado ao final da etapa… um corte no pneu traseiro obrigou-me a recorrer a material dos mesmos para solucionar a avaria! Um agradecimento especial à mãe do Mário pelo apoio logístico prestado na lavagem das máquinas, das pernas e botas dos bttistas…

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Elogio da Razão - Homenagem UPB

Há pessoas que vivem apenas das ideias das suas cabeças. Atravessam o mundo por elas. Resistem a todos os nãos. Mais cedo ou mais tarde brilham. Saber sofrer é saber vencer.

A aventura começa pela manhã, não muito cedo, mas de forma a cumprirmos os nossos objectivos antes de anoitecer. De mochila às costas lançamos as nossas botas ao caminho, vamo-nos seguindo uns aos outros procurando o trilho assinalado pelas mariolas ou abrindo novos caminhos que umas vezes nos levam ao nosso destino e outras não nos levam a lado nenhum.
Ora perdidos por entre a vegetação ora trepando rochedos, vamos descobrindo a serra, biqueirando pedras soltas que sorrateiramente nos aguardam no caminho, num esforço vão de nos vedarem a passagem. Algumas silvas escondidas entre a urze tentam agarrar-nos as pernas, mas não vamos deixar que nos atrasem a jornada, até porque o dia avança com passos mais rápidos que os nossos.
Um pequeno ribeiro marca o ponto mais fundo do vale. Serpenteando por entre as pedras vai formando lagoas transparentes onde o terreno oferece resistência á sua passagem.
Contrariando o percurso do ribeiro, vamos subindo a serra, os garranos e as vacas que por ali pastam param a sua actividade e seguem-nos curiosamente com o seu olhar. Até uma pequena aranha vermelha que montou a sua armadilha junto ao chão estranha estes medonhos visitantes. Mas passemos alguns metros ao lado para não a perturbar, nem afugentar as suas possíveis presas. Retomado o caminho vamos respirando os cheiros da natureza, ali ao lado, um arbusto de azevinho tenta chamar-nos a atenção com os seus frutos vermelhos. Paramos para apreciar a paisagem e aproveitar para descansar um pouco já que as pernas vão acusando algum cansaço. Olhamos para cima e ganhamos ânimo pois o topo da serra é já ali. Inspiramos fundo, tão fundo quanto nos é possível, e continuamos a nossa escalada. Só que chegado ao ponto que julgávamos ser o topo, surge mais outra subida e finda esta, mais outra e outra, que parecem nunca ter mais fim.
Depois de um derradeiro esforço chegamos ao cume da serra. Extasiados pela paisagem que nos surge pela frente ficamos imóveis, instala-se o silêncio por breves momentos, contemplando o vale que a força da natureza construiu. As pernas param de reclamar pelo cansaço, as bolhas nos pés sabem-nos a troféus. Uma leve neblina esbarra-se nos nossos rostos transpirados provocando suaves arrepios como se um beijo da natureza se trata-se.
Aqui em cima o tempo pára, não se medem dias ou horas, apenas se contam estações. Aqui não existem problemas nem stress, não temos nomes e de nada valem as riquezas de barões e sultões. Aqui, sentimo-nos os senhores do mundo, temos o mundo debaixo dos nossos pés. Mas perante a grandeza desta natureza, somos tão importantes como o mais simples nada. Mas, é aqui que me sinto bem e quero cá voltar.
Lá no alto, o sol vai-nos avisando que está na hora de regressar. Começamos a descer a serra, com a alma mais leve, mas com os cuidados necessários para não deixarmos marcas da nossa passagem.
No regresso, cambaleantes mas com sorrisos na fronte, vamos planeando a próxima aventura, que se espera nos leve mais longe e mais alto, ou pelo menos por novos caminhos. Como se nos alimentássemos da vontade de ultrapassar os nossos limites.
Agora já vivemos um dia por semana.
Resta-nos aprender a viver os restantes.

Texto e imagem extraídos de: http://elogiodarazao.blogs.sapo.pt/ publicado por Paulo Silva

domingo, 25 de outubro de 2009

Viana do Castelo

Domingo, 18 de Outubro de 2009, 7h56m e eis que chega o Mário a Vila do Conde, regressado depois de uma operação ao joelho, que o fez afastar dos trilhos por alguns meses… mas finalmente chegou, ele e a sua nova companheira de trilhos!
Bom, mas o percurso deste dia tinha um destino um pouco mais distante… desta vez a ideia foi explorar uns trilhos a norte de Viana do Castelo!
Uma vez em Viana, carros estacionados, afinações de última hora e começámos a ascensão até Santa Luzia, local que nos proporcionou uma óptima visão para o nascimento de um novo dia, pois as névoas matinais estavam difíceis de separar dos campos, dando à paisagem um gostinho de nostalgia, bem bonita!
Fomos ainda brindados com a observação de um par de Garranos, que eu desconhecia serem frequentadores daquelas zonas, pois são habitualmente avistados na Serra do Gerês…
Os trilhos percorridos neste dia agradaram a todos os participantes, embora o grau de dificuldade de algumas partes do percurso fosse algo exigente… até porque houve um elemento do grupo que fez o favor de se enganar no percurso, obrigando o resto da malta a subir umas subidas meio manhosas… mas ainda bem que houve quem lhe chateasse a cabeça!
De regresso a Vila do Conde, houve tempo para um desvio da caravana por Esposende, pois todos nós queríamos chegar a casa com uma pequena doçaria para prendar as nossas esposas… e repor os nossos níveis de açúcar no sangue!

sábado, 17 de outubro de 2009

PNPE - Refúgio de los Cabrones - Amuesa - Bulnes - Poncebos

Domingo, 04 de Outubro de 2009, 1h09m e não consigo dormir tal é o barulho ensurdecedor dos meus colegas de camarata a ressonar! 3h27m continuo sem conseguir dormir… 4h58m… estou farto de contar carneirinhos e nada… 6h48m finalmente horas de levantar, após uma directa no Refúgio Jou de los Cabrones!
7h56m e inicia-se mais uma etapa da nossa travessia, desta vez ligando o Refúgio de los Cabrones a Poncebos, passando por Amuesa e a típica e característica localidade de Bulnes.
Apesar do cansaço e fadiga da maioria dos elementos do grupo, a paisagem verdejante, o ar puro da montanha e toda a fauna que nos circundava, desde bandos de abutres aos famosos rebecos que nos acompanharam frequentemente durante todos os dias, tornaram esta etapa muito gratificante… não existem palavras e imagens que consigam captar momentos como estes…
Caminheiros UPB participantes: Peneda, Sherpa, Medronho, Bicho do Mato, Pedrada, Pé Posto e Zimbro Vermelho.
As fotos deste post são da autoria dos meus companheiros montanheiros.

PNPE - Urriellu - Horcados Rojos - Cabaña Verónica - Peña Vieja - Urriellu - Cabrones

Sábado, 03 de Outubro de 2009, 6h09m e começa a agitação no Refúgio de Urriellu… pela janela embaciada da camarata, conseguia já observar o clarear do dia! A expectativa era grande pois o percurso a realizar era inteiramente no maciço central dos Urrieles, em pleno coração dos Picos...
Finalizados os preparativos e munidos de mochilas de ataque, eis que sai o grupo rumo ao cume dos Horcados Rojos (2506m) passando previamente por Jou de los Boches. Neste início de percurso apercebi-me finalmente da dureza do terreno, pois superámos inclinações com cerca de 50%, facilitadas pela existência de cabos de aço!
Uma vez no cume Horcados Rojos, o grupo pôde pela primeira vez ter uma ampla visão de todos os cumes envolventes… ao longe, parecia tudo tão perfeito… estaria eu a sonhar! É em momentos como este que temos consciência que somos infimamente pequenos face à mãe natureza e que nos sentimos grandiosos, por vezes até egocêntricos, pois naquele momento somos o centro do nosso mundo!
O nosso percurso seguiu pelo Refúgio Cabaña Verónica tendo-se seguido a ascenção até ao cume de Peña Vieja (2613 m). O regresso até ao Refúgio Urriellu fez-se pela zona de Collada Bonita, zona esta que nos deu bastantes dores de cabeça! A nossa rota afastou-se da rota prevista, e tivemos que ascender e descer a uma agulha, situação que desgastou o grupo fisicamente, uma vez que a zona atravessada era de progressão extremamente difícil!
Chegados ao Refúgio de Urriellu, houve tempo para descansar alguns minutos, trocar de mochilas e reabastecer com água, pois o nosso destino do dia era o Refúgio Jou de los Cabrones, a cerca de duas horas de distância! Esta parte do percurso entre os dois refúgios foi também ela algo exigente fisicamente, dado que tínhamos a casa às costas, e faziam-se sentir já as horas percorridas!
Chegados ao segundo refúgio e parados os GPS, tínhamos num só dia 15km percorridos e 11h36m de tempo de movimento… Pelos dados, facilmente se percebe a dureza do percurso! Uma vez mais, houve bons momentos de gastronomia alpina e de confraternização com os meus colegas no exterior do refúgio. Envolvidos pela escuridão da noite fomos brindados pelo nascer de lua! Sem dúvida, um momento digno de um diário de viagem…

sábado, 10 de outubro de 2009

PNPE - Sotres - Invernales de Texu - Pandebano - Refúgio Urriellu

Quinta-feira, 01 de Outubro de 2009, 20h13m e sai a caravana de carros de Vila do Conde com destino aos Picos da Europa. O ambiente e o ânimo dos participantes estava ao rubro, não fosse o M-150 uma verdadeira bomba capaz de acordar ininterruptamente o nosso colega Zimbro que durante toda a viagem não parou de falar, saltar, cantar…
Chegados a Sotres, a caravana abrigou-se na escuridão da noite e eis que houve tempo para dormir umas duas horas e repor algumas das energias gastas durante a viagem! Bom, mas como o objectivo era caminhar, não conseguimos ficar muito mais tempo a descansar… a primeira etapa aproximava-se!
Sexta-feira, 02 de Outubro de 2009, 7h45m e logo no inicio da ascensão, o peso da mochila fazia-me alguma impressão, pois era uma estreia caminhar com uma mochila de 40 litros completamente cheia de comida, roupas e todos os restantes acessórios que eu julgava serem necessários para as solicitações dos próximos dias. Mas após alguns minutos, já estava perfeitamente consciencializado da nova realidade e restava-me caminhar e desfrutar das paisagens fantásticas que o nascer do dia nos proporcionava.
Passamos pelas zonas de Invernales de Texu e de Pandebano, e após 3h46m de subidas, eis que finalmente consigo definir no meio de um intenso nevoeiro uma casa. Tinha finalmente chegado ao refúgio Urriellu e assim terminado a primeira etapa.
Apesar de estar mesmo ali ao nosso lado, devido às condições climáticas que se faziam sentir, era-nos impossível visualizar o Naranjo de Bulnes e a sua parede vertical de 550 metros de altura… mas após alguns minutos eis que o nevoeiro baixou um pouco e foi como que de uma miragem se tratasse... Mesmo à minha frente estava um bloco rochoso com uma imponência que jamais eu esperaria ver… verdadeiramente magnífico!
Após bons momentos de confraternização com os meus companheiros de viagem, eis que me encosto aos cobertores, fecho os olhos, dou um último suspiro e me deixo apoderar de um sono profundo…

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Picos da Europa

Nos dias 2, 3, 4 de Outubro, foi realizada uma actividade de montanhismo de exploração do Maciço Central de Los Urrielles do Parque Natural dos Picos da Europa, actividade conjunta com o grupo de montanhismo Um Par de Botas:

Dia 2 – saída de Sotres com destino ao Refúgio de Veja de Urriellu, na base do Pico Urriellu (Naranjo de Bulnes)
Dia 3 – saída do Refúgio de Veja de Urriellu, ascensão à Torre de Los Horcados Rojos, Refúgio Cabaña Verónica, Peña Viega, Pico Urriellu e Refúgio de Los Cabrones
Dia 4 - saída do Refúgio de Los Cabrones, Bulnes e Poncebos

Montanhistas participantes: Bicho do Mato, Medronho, Pé Posto, Sherpa, Peneda, Zimbro Vermelho, Pedrada