domingo, 29 de novembro de 2009

Baú de Recordações - Nave da Mestra

Foi em 9 de Setembro de 2004 , acompanhado pelo Sr. Cunha, que fui explorar o planalto do maciço central da Serra da Estrela, desde as Penhas Douradas até ao Cume através do trajecto com base na variante T11 da GR T1 da Estrela.
Rota extremamente interessante, marcada por antigas mariolas e decorrendo sempre acima dos 1300 m de altitude, permitiu-nos observar várias espécies de fauna e flora, por entre paisagens de rara beleza.
O ponto alto deste percurso foi sem dúvida a Nave da Mestra... cuja peculiar a estreita fenda nos leva directamente ao seu cervunal e a uma curiosíssima construção, chamada Barca Herminius, construída há cerca de 100 anos por um juíz excêntrico apaixonado pela Serra, que aproveitando a disposição megalítica de uns penedos imensos de granito ali construiu a sua habitação para os tempos de férias.
A nave da Mestra é sem dúvida um local paradisíaco, no qual reabastecemos energias junto às margens do seu riacho.
Após ser atingido o Cume a 1111m, o caminho de regresso foi feito por um trilho passando pelos Charcos, Lapão e Vale do Rossim, onde iria terminar, e bem, esta caminhada.

sábado, 28 de novembro de 2009

LOBO IBÉRICO

O Lobo-ibérico (Canis lupus signatus) é um carnívoro de grande porte, esquivo e perseguido, predador, sobretudo dos animais domésticos quando desce aos povoados, o lobo ibérico é uma variedade de lobo europeu, antigamente espalhado por toda a Espanha e Portugal. Agora quase toda a população vive no Noroeste espanhol e no Nordeste português. Mais uma raça em vias de extinção…
É o maior canídeo selvagem. Perseguidos por agricultores e caçadores que não gostam de os ver caçar animais domésticos e outros animais selvagens por causa da caça, vão-se extinguindo sobretudo por, eles próprios, serem caçados e envenenados. Um atentado também ao ecossistema em que se inserem. O lobo ibérico é, assim, mais uma vítima do homem.
Em Portugal tem o estatuto de espécie Em Perigo (EN), na qual se incluem as que enfrentam um risco muito elevado de extinção na natureza. De acordo com a Lei n.º 90/88 de 13 de Agosto (Dec-Lei 139/90 de 27 de Abril), é totalmente protegido, sendo «proibido o seu abate ou captura, a destruição ou deterioração do seu habitat e a sua perturbação em especial durante os períodos de reprodução e dependência».

Baú de recordações - Rota dos Galhardos

Estávamos em 18 de Março de 2004, quando fiz pela primeira vez a Rota dos Galhardos, na zona da floresta de Folgosinho, acompanhado pela minha mãe, tembém ela uma estreante neste percurso.
Trata-se de um percurso pedestre de pequena rota que aproveita em grande parte o troço de duas calçadas romanas, uma delas com a designação de Galhardos e a outra de Cantarinhos. A calçada dos Galhardos, nome de pequenos demónios que, segundo a lenda, fizeram a calçada numa noite, a qual devido à sua inclinação, só poderia ser obra sua.
Na realidade trata-se de uma calçada construída durante a ocupação romana, trecho este que fazia possivelmente parte da Via Romana que atravessava a Serra da Estrela.

domingo, 22 de novembro de 2009

marcotoniolo

Somente para quem aprecia paisagens de cortar a respiração…

http://www.marcotoniolo.com/

sábado, 21 de novembro de 2009

Míscaros

Sábado, 21 de Novembro de 2009, 8h21m acordo e está um dia bastante escorrido, comparativamente com os últimos dias de chuva!
Uma vez que ainda estou condicionado para a execução de algumas actividades, lembrei-me de ir aos Míscaros. Agora que as nuvens se dissipam depois de largarem as primeiras chuvas do Outono, as florestas começam a receber a visita de pessoas que apenas olham para o chão, e eu quis ser um deles!
Desafiei o meu pai, e lá fomos nós até às matas de Folgosinho esgravatar a manta fofa e húmida à procura de míscaros amarelos, continuando um hábito que se perde na memória dos tempos… este de vasculhar os bosques!
Já agora, aqui fica uma receita de míscaros estufados, é deliciosa!
Como ingredientes temos: 1 kg de míscaros, uma laranja, uma colher de azeite, um dente de alho, uma colher de manteiga, sal e pimenta.
Basta corte os míscaros em fatias, alourar o alho bem picado em azeite, em seguida deite os míscaros para dentro do tacho.Esprema o sumo da laranja para cima dos míscaros e tempere com sal e pimenta. Adicione a colher de manteiga e deixe cozer até os míscaros ficarem tenros.Servir quente acompanhado de um bom vinho tinto e de uma boa companhia!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Panorâmicas - Serra da Estrela

O Camarulo desde a Santinha...
e a torre desde o Malhão!!!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Solitário...

Deixo para trás pegadas de pó e lama que o tempo apagará, gravo visualmente detalhes e momentos que me acompanharão para sempre, olho em frente e deixo-me levar pelos trilhos... até parte incerta!
Sabe bem ser assim, livre...

sábado, 14 de novembro de 2009

Centro BTT de Ferraria de S. João - Aldeias de Xisto

Em Março deste ano foi inaugurado em Ferraria de S. João (Penela), o primeiro Centro de BTT das Aldeias do Xisto, que é também a primeira infra-estrutura do género em Portugal.

Este Centro possui uma rede de trilhos de BTT, incluindo um local central de acolhimento dotado de estacionamento, balneários, estação de serviço para bicicletas (lavagem, ar e mini-oficina) em regime de self-service, dedicados exclusivamente aos praticantes de BTT.

O Centro é constituído por um total de 196km de trilhos do tipo Cross Country, sinalizados com marcações específicas adoptadas internacionalmente, com quatro níveis de dificuldade (verde, amarelo, vermelho e preto) adequados a todos os tipos de utilizadores.

No site das Aldeias do Xisto podem efectuar o download de cada percurso.

Um desafio à adrenalina por single tracks e caminhos surpreendentes…

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Miguel Torga

Margot Dias, Miguel Torga, André Rocha, Jorge Dias e José Fecha fotografados nos montes de Vilarinho

Este post é uma pequena homenagem a um grande homem, a um dos escritores que mais escreveu e percorreu a Serra do Gerês, Miguel Torga, cujo nome de baptismo era Adolfo Correia da Rocha, nascido em 12 de Agosto de 1907. Filho de gente do campo, nas suas palavras não nunca se deligou das origens, da família, do meio rural e da natureza que o circundava… deixo alguns textos referentes à Serra Amarela e ao mistério das Casarotas!

“A Serra Amarela é um dos ermos mais perfeitos de Portugal. Situada entre o Gerês e o Lindoso, as suas dobras são largas, fundas e solenes. Sem capelas e sem romarias, cruzam-na os lobos, os javalis e as corças. A praga dos pinheiros oficiais ainda lá não chegou. De maneira que mora nela o sopro claro das livres asas e o riso aberto dos grandes sóis. Não há estradas, senão as da raposa matreira, nem pousadas, senão as cabanas dos pastores. É Portugal nuclear, a Ibéria na sua pureza essencial e granítica. Um pé de azevinho aqui, urzes milenárias acolá, um carvalho numa garganta, nenhum coração de entre o Douro e Minho pode deixar de se sentir aquecido e reconfortado em semelhante chão.”

“Todo o dia pela Serra Amarela, a percorrer vezeiras, a visitar fojos de lobos e a quebrar a cabeça no enigma de quinze ou vinte casarotas perdidas numa chapada, que ou são túmulos de uma necrópele celta, ou habitações pastoris de verão, ou acampamento de tropas romanas, ou armadilhas que o diabo pôs ali para tentação de almas ignorantes. Não sei se alguém de saber já por lá passou e viu aquilo. Uma inscrição em caracteres estranho vai-se apagando no granito, os pastores vão atirando ao chão as lages que cobrem os dolmens ou as construções, e daqui a algum tempo não restará de todo o mistério nenhum sinal. Mas talvez seja melhor assim. Os mistérios são o alimento natural do tempo. E quando os anos os digerem, fica tudo em paz.”

Miguel Torga

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Serra da Estrela - Instantes

Enquanto estou ausente dos trilhos, resta-me deliciar com as fotografias e vídeos de percursos anteriormente realizados. Aqui fica um pequeno vídeo da estreia da minha SantaCruz Blur LT na Serra da Estrela, mais concretamente na descida desde o Monte de são Domingos até ao Viveiro Florestal de Folgosinho... este é talvez uma das zonas mais percorridas por mim desde que me lembro de andar de bicicleta na Serra da Estrela!

sábado, 7 de novembro de 2009

Tibetan Prayer Flags

The Prayer Flag is one of the most important Tibetan Buddhist ritual items, which are traditionally hung outside temples, at holy sites, atop mountain summits or anywhere in the open, where the prayers may meet the wind. Prayer flags are said to invoke peace, wisdom, strength, and to offer protection against dangers and evil. One of the most iconic images associated with Tibet is that of colourful Tibetan prayer flags fluttering in the wind.
Dar Cho, the Tibetan for prayer flags, means to 'increase life and fortune for all sentient beings.' Each flag is inscribed with a Buddhist prayer and symbol, and the blessing contained on each flag is carried on the wind to everyone the wind touches. Each of the five colours represents a different element: blue is space; white is air; red is fire; green is water; and yellow is earth. There are numerous designs, one of the most common is the Wind Horse, representing good fortune. The tradition of prayer flags is thought to be over 2.000 years old. The practice of hanging the flags has sadly declined in Tibet as a result of China's occupation: although the flags are allowed to be hung in Tibet, many unique designs have been destroyed.

domingo, 1 de novembro de 2009

Garrano do Gerês


O Garrano é uma raça com origem em Portugal continental, mais concretamente nas serranias agrestes do Norte.
Já no Paleolítico foram feitas pinturas rupestres, onde hoje se pode confirmar a existência de um cavalo com configuração e estatura muito semelhante ao actual Garrano, sem grandes alterações morfológicas.
Talvez o facto de viver em liberdade tenha isolado esta espécie de outros cavalos, libertando-a de cruzamentos que poderiam ter alterado para sempre o seu futuro.
O Garrano tem uma altura média de 1.30m e o seu peso aproxima-se dos 190kg, apresenta pêlo castanho e tem uma figura algo atarracada o que o distingue dos restantes cavalos como por exemplo o Lusitano.
A sua pequena estatura, membros robustos e curtos, perfil côncavo e pescoço grosso adornado por uma densa crina o Garrano é provavelmente um representante longínquo da fauna glacial do fim do paleolítico e representante do cavalo tipo Celta das regiões montanhosas do Nordeste Ibérico.