domingo, 14 de março de 2010

Trilho do Corno do Bico

Sexta-feira, 12 de Março de 2010, 7h57m e contrariamente a todas as comuns sextas-feiras, decidimos fugir a um comum dia trabalho e partir rumo a uma aventura, desta vez como destino tínhamos a zona de paisagem protegida do Corno de Bico e como companheiros de percurso tinha o Mário e o Myrage!

O ponto de partida foi junto às margens do rio Lima em Ponte de Lima onde reabastecemos os alforges para o longo dia que se aproximava…
O início do percurso pareceu-me uma voltinha domingueira, o sol ainda baixo a reflectir no rio e a reduzida inclinação do percurso faziam com que os pneus rapidamente devorassem alguns quilómetros… mas foi sol de pouca dura, o nosso guia inverteu o rumo 90º e eis que nos chega a primeira subida!
Fui simpaticamente informado que seria sempre a subir, em cerca de 20km’s, o que suscitou em mim uma enorme alegria de sobreviver…
E lá começamos a subir, subir, subir, subir, subir… e nos cruzamentos optávamos sempre pela opção, a subir!

O nosso guia Myrage que, em tempos ainda tentou enveredar por uma carreira de geocacher, decidiu então visitar os marcos geodésicos de Penedo Gordo e Salgueiros Gordos!
Chegados à zona do Alto de S. Ferreiro, supostamente onde se encontra o primeiro marco, eis que contornamos e falhamos o primeiro alvo… ora bolas, foi um tiro na água!
E lá continuámos nós a subir, subir, subir até à Chã da Pedrinha, local onde o Myrage avistou ao longe o segundo alvo… desta vez não podia falhar! E não falhou, lá foi ele encosta a cima a desbravar mato para finalmente conquistar o marco e preencher a sua caderneta, sim porque estas coisas brancas listadas a preto, são coleccionáveis!

Um pouco mais acima, depois de subir, subir, subir, lá chegámos à cruz vermelha… uma breve paragem para um registo fotográfico e seguimos então para a zona da paisagem protegida do Corno de Bico que é um pequeno santuário natural cuja frondosa mata de carvalhos, cedros e azevinhos nos transportam para um autêntico país das maravilhas de rara beleza natural.

Seguimos então para a localidade de Vilar do Monte, onde visitámos a mesa de granito dos Quatro Abades. A mesa apoia-se no marco divisório das freguesias de Calheiros, Cepões, Bárrio e Vilar do Monte. A mesa é ladeada por quatro bancos também em granito, cada um assente no território de cada freguesia confinante, onde outrora os representantes de cada paróquia se sentavam para debater e resolver os mais diversos assuntos, consultando os fiéis que se encontravam ao seu redor.

Deu-se então o regresso até Ponte de Lima por caminhos rurais bastante interessantes, destacam-se algumas paisagens agriculturas e pormenores agrícolas: poças e levadas, moinhos e engenhos hidráulicos… marcos da actividade económica ainda praticada por estes lados que nos fazem recuar no tempo!

Foi assim, uma óptima sexta-feira passada numa companhia bastante agradável por paisagens deslumbrantes que convidam a um regresso!

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