sexta-feira, 9 de julho de 2010

Aldeia da Pena

A Aldeia da Pena é uma das aldeias preservadas de Portugal. Fica encrava no sopé de dois montes da serra da Arada, entre os rios, Vouga e Paiva. A construção das casas é quase exclusivamente de xisto e lousa.
Existem não muito mais do que vinte e duas casas e a população não vai além de dez pessoas, quase todas idosas. A dureza da serra, o isolamento, ditaram o abandono dos seus habitantes...
É sem dúvida, uma das aldeias mais características de Portugal no seu estado mais puro.

A lenda que está na origem do nome Pena:

Existia uma serpente com muitas dezenas de metros que quando tinha sede ia beber à ribeira e quando tinha fome exigia um boi dos habitantes da aldeia, ameaçando-os se tal não fizessem. Até que acabaram os bois da aldeia e a serpente começou a comer os habitantes, sendo dados à sorte para ver quem seria o próximo. Sempre que a serpente comia uma pessoa, os outros diziam: - Que pena! Que pena!. Surgindo assim o nome da Aldeia da Pena.
Conta-se também, que um certo barbeiro que estava apaixonado por uma rapariga que iria ser devorada pela serpente, espalhou lâminas pela ribeira, cortando assim a serpente, matando-a.

Este é um dos proximos destinos do track's...

Trilho dos Ulex europaeus

Sábado, 3 de Julho de 2010, 7h39m e regresso finalmente aos verdadeiros trilhos, desta vez desafiado por um track de um lobo solitário que em tempos vagueou pelos lados da Serra da Cabreira!
O local escolhido para início de percurso foi a localidade de Salomonde, próximo da barragem do mesmo nome…
Após uma curta e rápida subida em betuminoso para aquecimento de motores toca a descer para a zona da barragem dando-se então o óbvio aquecimento de discos… o nosso colega Myrage fez questão de acordar a passarada toda com o seu disco traseiro a chiar por todos os lados, na proporção inversa da eficácia de travagem… discos leves e bonitos mas pouco eficientes!
Bom, próximo da linha de água da barragem, pensávamos nós, iríamos usufruir da beleza da paisagem… e tal aconteceu durante alguns metros pois a seguir esperávamos os Ulex europaeus que durante cerca de três quilómetros nos chicotearam as canelas… este foi o nosso primeiro cabo das tormentas!
Finalmente conquistada a famosa Ponte da Mizarela e contemplado o seu singelo e particular traço arquitectónico, dá-se a subida até Ferral, seguida de uma subida quase pedestre até Lamalonga, seguida de uma subida até Linharelhos, depois mais uma subidita já em estradão até à zona do Trovão donde contribuímos com o nosso suor para o nascimento do Rio Ave e daí mais uma subida até aos três fojos de lobo da Cabreira (Fojo da Ribeira, Fojo de Campos e Fojo Novo), dispostos numa mesma cumeada… um autêntico pente fino usado em outros tempos para caçar o lobo ibérico. Bom nessa altura, já só nos faltava mesmo subir mais um bocadinho até atingir finalmente o alto da Serra da Cabreira, levantar os braços ao céu e dar um grito interior de alegria… cume atingido!
Apesar do extremo calor que se fez sentir, da falta de preparação, dos poucos mantimentos com que enfrentei a batalha, e da escassez de água, tinha finalmente chegado ao cume não em primeiro, mas de igual modo vitorioso!
Depois do cume, restou-nos novamente aquecer os travões e gastar as restantes energias até Salomonde…
Como companhia tive mais uma vez o Mário e o regressado Myrage. Quanto à Cabreira ficou a vontade de regressar em breve com um trabalho de casa mais bem realizado e com ração de combate reforçada…

domingo, 4 de julho de 2010

Especiaria musical...

Para melhorar o aroma deste blog, aceitei o desafio de exploração de novos condimentos e eis o resultado... blog temperado com gostinho musical, basta clicar no play e deixe-se conduzir pelos sentidos...

Sempre a pensar em si... e em mim!